Fruteira, Triplete e Balanço

E ontem com a fruteira, conquistamos o terceiro troféu da temporada, e um triplete inédito em Portugal, com as três competições oficiais nacionais. Foi um jogo complicado, com a equipa completamente de rastos na segunda-parte, a ser mais ou menos salva por São Oblak, mas aquela genialidade de Gaitán valeu a 25ª Taça, e fez-se, mais uma vez, uma espécie de justiça divina por tudo o que se passou na época passada. Não apagou o amargo de boca da última 4ª-feira, mas foi o culminar de uma época excepcional, e onde cimentamos a nossa superioridade no panorama do futebol tuga, com sólidas perspectivas de uma natural hegemonia futura. O Zbording ainda é muito novo e sem carcanhol, o CRAC parece o Titanic e o Flopetegui não tem pinta de capitão para estes mares agitados...por isso creio que a próxima temporada vai depender apenas de nós, e da maneira como vamos suprir as eventuais saídas do plantel. Não se sabe ainda se JJ fica. Garay já era. Siqueira idem aspas. Rodrigo muito provavelmente. E do trio-mágico Nico-Enzo-Markovic não creio que fiquem todos. A ver vamos, sabendo que o preço do sucesso é este mesmo. Que entrem alguns largos milhões e se contrate bem e barato.


Quanto ao blog. Penso que é altura de fechar o tasco. O meu colega de escrita está MIA há mais de meio-ano e isto assim não tem tanta piada. Talvez volte para a próxima época com outro nome e outro formato, mas não me parece. Foi um prazer. Bem-haja!

Dor

Dor. É o que todos os verdadeiros benfiquistas sentem neste momento. Depois de Amsterdão o ano passado, pensava que não era possível doer mais. Estava enganado. Não querendo entrar em desculpas e em grandes detalhes sobre o jogo, a verdade é que não ter Enzo, Fejsa, Salvio e Markovic marcou a diferença. Se mesmo assim, e sem fazermos um grande futebol, fomos quase sempre superiores nos 90 minutos - e com uma quantidade enorme de oportunidades desperdiçadas - com a qualidade extra que esses jogadores possuem, penso que a felicidade teria sido uma realidade. Em vez disso, a infelicidade na Europa, mais uma vez, foi bem real. E podemo-nos queixar de um claro penalty sonegado, do Beto a defender penalties 3 metros à frente da linha de baliza, mas factualmente faltou-nos competência nos momentos decisivos para levar de avante um Sevilha sólido e capaz, mas perfeitamente ao nosso alcance. E quem se deixa ir a prolongamentos e a penalties arrisca-se a ser infeliz. Ao menos hoje a já famosa Schadenfreude veio ao de cima, fazendo as delícias de adeptos - ou ratazanas de esgoto, conforme preferirem - que este ano festejaram zero títulos e cujas respectivas agremiações já se encontram de férias há alguns dias. Nós temos um terceiro para ganhar no Domingo. Não vai ser fácil depois do desgosto de hoje, mas o triplete vai ser nosso.

Caneca de Jola

Primeira final de três. E primeiro caneco conquistado. É o caneco da cerveja - com toda a irrelevância que isso traz - mas estou-me a cagar, pois é mais um troféu oficial, e o resto são monumentais balelas. 

Jogo que começou mal, com um Benfica soft e molengão e com um Rio Ave hiperactivo - acredito que se o Ukra e o Pedro Santos mijaram no controlo anti-doping vai ser detectado plutónio - e a criar duas grandes oportunidades salvas in extremis pelo Oblak e pelo esposo da Tamara. Mas como quem não marca sofre, aconteceu o que acontece muitas vezes neste tipo de desenvolvimentos...os melhores executantes apareceram. E a segunda parte foi muita tranquila, onde a vantagem pecou por escassa, e onde belos lances de futebol ficaram sem ver a redondinha chocalhar com as redes. Bonito o gesto do Luisão ao deixar o Sílvio levantar o troféu e JJ igual a si próprio:

Venha o jogo-treino de sábado no Festas Dragão e muitos banhos e massagens para Turim.

Orgulho

Pirlo...aquele símbolo é o do Benfica? Não sabias? Temos pena de ti...ou não...

Orgulho enorme pela exibição de hoje. Nem sempre fomos melhores no jogo - houve momentos em que fomos verdadeiramente encostados pelo poderio físico da equipa da Juventus - mas defensivamente a equipa esteve sempre impecável. E o mais incrível, para mim, é que a jogar com 10 pouca coisa mudou no jogo, e com 9 (!!!) a Velhaca Idosa praticamente não criou nenhuma oportunidade. Tacticamente a equipa está irrepreensível, capaz de superar qualquer adversidade - e neste jogo houve muita, demasiada até - e onde os jogadores entram e saiem e a consistência do colectivo mantém-se inalterável. Sim, houve alguma estrelinha, mas este ano estamos a fazer por a merecer. Tal como o piagnucolone Conte merece o melone em cima dos seus imaculados enxertos capilares.

Para a reprise de Turim estamos sem Salvio, Enzo e Marko. Fazem falta, obviamente. E o Sevilha, não metendo medo, papou os andrades com extrema facilidade. Não vai ser fácil, but nothing really is.

E agora, Bela...não nos lixes mais! O Eusébio e o Coluna estão de olho em ti!